Oito maus hábitos que podem ser evitados no Facebook

Antes de postar mais uma declaração ou reclamar da timeline, veja nossa lista



Não me canso de ser amantes de algumas revistas como a GQ (Brasil e vários outros países), L'Officiel Hommes (nacional e internacionais) entre outras, elas ajudam o life&style a ficar mais descomplicado com ótimas dicas dos mais variados aspectos do cotidiano masculino, nessa perspectiva as pautas quase sempre se encaixam com minhas preferências pessoas e tento repassá-las a vocês e essa não é diferente. Quem ainda não se deparou com um post desnecessário no Facebook e teve vontade de cancelar o feed da pessoa? Se for um amigo, então, vem aquela dúvida de dar (ou não) um toque para evitar esse tipo de situação, que pode ser constrangedora. Fotos no elevador, na academia, com roupa de banho, mostrando os resultados da malhação, selfies, posts sobre datas inusitadas (ex: 11/12/13) ou sobre o início de cada mês, desabafos sobre inveja e recalque das pessoas: enfim, são muitos os novos clichês das redes sociais. Na contramão disso, surgem páginas que tiram um sarro dessas postagens.  


À frente do Este é alguém, Victor Nogueira, 18 anos, faz piada com essas situações de “vácuo digital”. A página, que acaba de completar quatro meses de atividade e tem quase dois milhões de likes, fala de personagens que escreveram algo, mas não foram correspondidas. “Esta é a Natália. Natália postou uma bela frase que dizia que ela não liga para a opinião dos outros. Ninguém curtiu, ela apagou a publicação” e “Esta é a Luana. Luana vive postando frases sobre recalque e o ódio que as inimigas sentem dela. Vai com calma, Luana. Você não tem inimigas. Você está no Facebook, não no Power Rangers” são algumas das “homenagens” sarcásticas para quem gosta de expor a intimidade ou situações corriqueiras nas redes.



Em bate-papo com a GQ, o administrador da fanpage listou os dez principais “maus hábitos” que ele não gostaria de ver em sua timeline. Este é o Victor! Victor fica incomodado quando vê alguém postando algo sobre as situações abaixo.



- Fazer do Facebook um diário detalhado da vida pessoal.
- Exagerar nos textos motivacionais e de superação na legenda de fotos na academia.
- Tirar foto de biquíni e óculos escuros dentro do banheiro.
- Dizer que é alvo de inveja sendo que não há motivos para outras pessoas as invejarem.
- Narrar o que está passando na TV pelo Facebook.
- Fazer de tudo para ganhar curtidas (até pedir pelo chat).
- Marcar os amigos nas fotos em que eles não estão atraentes.
- Pessoas despercebidas que clicam em vírus e acabam espalhando.
Bônus:
- Marcar os outros amigos em cartazes de festas.
- Terminar um relacionamento e encher o Facebook de indiretas.



Mesmo tendo um tom de “manual de etiqueta”, Victor disse que criou a página apenas para se divertir e jamais como forma de julgamento. “O objetivo é fazer humor. A intenção não é fazer com que as pessoas deixem esses hábitos de lado e, sim, mostrar que isso é comum e engraçado”, comenta. Sobre a inspiração, ele confessa: “Muitas postagens são de coisas que meus amigos fazem, vejo no feed e crio algo sobre o assunto. Só troco o nome para não eles não levarem para o pessoal”, diverte-se.    




Referência na área de comunicação digital e onipresente nas redes sociais, Edney Souza – obviamente, mais conhecido como InterNey – observa com mais cautela esse tipo de comportamento digital. “Atualmente, o único hábito desagradável que vejo no Facebook são pessoas julgando umas as outras como se existisse algum tipo de verdade universal”, comenta. Ele ainda enfatiza que a rede possui ferramentas para esconder posts de quem você não se interessa. 


Para InterNey, não deve existir um Manual de Etiqueta para redes. Ao mesmo tempo, é prudente ter em mente que uma postagem tem impactos e esses podem ser indiferentes ou astronômicos. “Ainda não estamos acostumados com as repercussões sobre postar conteúdo de forma pública. Raramente pensamos na consequência de tudo que publicamos”, comenta.


Ele ainda cita exemplos que podem trazer consequências. “Você pode xingar pessoas, mas vai ficar com fama de mal educado. Você pode postar uma foto bebendo e dirigindo, mas pode ser preso/autuado por isso. Além disso, existe o fato de vivermos em um mundo cheio de preconceito. É importante pensar sobre o meio em que vive e o onde quer circular e tomar cuidado para não agredir esse meio, exceto se for algo pensado e calculado como forma de protesto”, enfatiza.


Sobre os motivos que levam os usuários a se exporem demasiadamente, Edney opina que a culpa não é do FB. “Fazem isso porque no mundo digital as pessoas não são indiferentes. O feedback positivo reforça a ostentação que vemos hoje em redes sociais. O excesso de exposição e a cultura de sub-celebridade são desejos humanos que encontraram nas redes sociais um facilitador”, ressalta.

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ABOUT THE AUTHOR

Brasileiro, do interior de Minas, leonino nato, fashion blogger, criador e autor do blog ESNOBE. Ex-estudante de Direito fugiu para o mundo dos blogs e da moda para estimular o pensamento das pessoas que assim como ele se interessam pelos mesmos assuntos.

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